Kalak

"Kalak", de Isabella Eklöf (2023) Vencedor dos prêmios de melhor fotografia e prêmio do juri de San Sebastien 2023, "Kalak" é uma co-produção Dinamarca, Suécia, Groenlândia, Noruega, Holanda e Finlândia. Filmado na Groenlândia, o filme é baseado no romance autobiográfico de Kim Leine: ele foi abusado sexualmente pelo seu pai, quando era adolescente. Jan (Emil Johnsen) está na faixa dos 40 anos. Ele é enfermeiro, casado e com 2 filhos adolescentes. Eles se mudam para a Groenlândia e Jan procura se adaptar à cultura local. Ele se envolve com 2 outras mulheres. Um dia, seu pai lhe escreve, dizendo estar com câncer e que gostaria de vê-lo novamente, A primeira cena do filme já traz um impcato enorme: Jan, adolescente, deitado no sofá, e seu pai surge, fazendo sexo oral nele. É uma cena explícita. Logo em seguida, o filme retrata a solidão dos moradores da cidade onde Jan se muda. Todos têm um trauma do passado. O filme é depressivo e traz personagens navegando pelo borderline. O encontro, esperado, entre pai e filho, é tenso. O espectador fica na dúvida das reais intenções de Jan ao rever o pai. Uma cena bem dirigida e densa. Emil Johnsen faz um excelente trabalho, assim como Soren Hellerup, no papel do seu pai, uma figura asquerosa, mas que procura seduzir pelas palavras doces e encantadoras.