quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Todas as longas noites

"Yoake no subete", de Shô Miyake (2024) Adaptação do romance homônimo escrito por Maiko Seo, 'All the night longs", "Todas as noites longas" é dirigido pelo mesmo cineasta do premiado drama "Samll slow but steady", sobre a história de uma boxeadora com deficiência auditiva. Agora , Shô Miyake apresenta dois protagonistas: Misa (Mone Kamishiraishi) e Takatoshi (Hokuto Matsumura). Os dois são jovens e prometiam um futuro brilhante em suas profissões de alto padrão. Mas tanto Misa quanto Takatoshi possuem doenças mentais que os impedem de se socializar e de enfrentar obstáculos maiores em seus trabalhos. Misa, recém formada, sobre de síndrome pré-menstrual, que a deixa irritada e violenta. Ela acaba perdendo o seu emprego. Ela mora com a sua mãe compreensiva, que tenta ajudá-la de todas as meneiras. Cinco meses depois, Misa consegue um trabalho na pequena empresa Kurita Optics, que produz microscópios para crianças. Os funcionários e o dono são compreensivos com a sua doença e a auxiliam. Lá, também trabalha Takatoshi, que também abdicou de seu emprego para se dedicar à fabricação dos microscópios. Ele tem síndrome do pânico, o que traz graves problemas no trabalho e com a sua namorada, toda a vez que tem surtos. Misa se identifica com Takatoshi, que d einício, é bastante arredio à ajuda dela. Mas aos poucos, os dois acabam se entendendo em suas dificuldades sociais e encontram formas de lidar com suas doenças. O cinema de Shô Miyake é bastante contemplativo, de ritmo lento, um registro quase documental de vidas mundanas onde quase nada acontece em termos de conflitos. Acompanhamos o dia a dia de personagens introspectivos, que em suas pequenas ações e movimentos, trazem um glimpse de felicidade ou tristeza, bastante comoventes em sua simplicidade. Me lembrei de "Dias perfeitos', de Win Wenders, que tem essa mesma pegada.

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