domingo, 20 de outubro de 2024
In the blind spot
"Im toten winkel", de Ayse Polat (2023)
Extraordinário drama alemão, "In the blind spot" recebeu mais de 15 prêmios internacionais, além de concorrer no Festival de Berlim 2023. Escrito e dirigido pela cineasta Ayse Polat, o filme é dividido em 3 capítulos não cronológicos e que trazem um grande suspense a um thriller político, de ação e com elementos sobrenaturais, simbolizando os fantasmas da população curda assassinada pela Turquia. Tendo como pano de fundo o conflito étinico e separatista entre curdos e turcos, o filme trás 3 linguagens distintas em sua cinematografia e na forma de contar a história: tem a câmera do cinegrafista de cena, entrevistando os personagens para um documentário; tem a câmera do filme que está sendo apresentando na ficção e tem as câmeras de celulares e câmeras escondidas, em ponto de vista de alguém filmando escondido. A edição habilmente mistura todas essas texturas e cria um filme tenso.
Em cada um dos 3 capítulos, temos o ponto de vista de um núcleo de personagem: no 1o, acompanhamos uma equipe de filmagem alemã, formado pela diretora Simone (Katja Bürkle) e pelo cinegrafista Christian (Max Hemmersdorfer), que vão até o nordeste da Turquia para gravar depoimento de uma idosa curda que há 26 anos, pratica o mesmo ritual para manter viva a memória de seu filho desaparecido. A dupla contrata uma tradutora, Leyla (Aybi Era), que traz com ela uma menina de 7 anos, Melek (Çağla Yurga),filha de sua vizinha, Sibel(Nihan Okutucu). Sibel é casada com Zafer (Ahmet Varlı), integrante da polícia secreta turca. Leyla foi contratada para dar aulas de inglês à Malek. A menina, no entanto, tem visões de um amigo imaginário que quer que ela pergunte o nome de pessoas desaparecidas. Quando um advogado de direitos humanos entrevistado por SImnone é sequestrado, Simone e Cristian ficam preocupados. O 2o capítulo é focado em Zafer, e o 3o capítulo, em Malek. O filme é muito bom, os atores são excelentes, sem exceção. A menina que interpreta Malek, Çağla Yurga, é impressionante. tão pequena e tão repleta de atitude e de camadas de emoção e determinação.
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