sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Emília Perez
'Emília Perez", de Jacques Audiard (2024)
Vencedor do prêmio do Juri e de melhor performance feminina dada para as 4 atrizes do elenco: Zoe Saldana, Selena Gomez, Karla Sofía Gascón e Adriana Paz no Festival de Cannes 2024, "Emília Perez" é dirigido pelo francês Jacques Audiard, dos excelentes "Ferrugem e ossos", "Um profeta" e "Deephan", Palma de ouro em Cannes 2015.
A 1a imagem do filme me lembrou 'Deephan", seu melhor filme, e confirma a minha teoria de que Audiard ama luzes chamativas em meio à escuridão. O filme começa no México e apresenta Rita (Zoe Saldana), uma advogada que vive sob a sombra de seu chefe, também advogado. Ela prepara toda a defesa, mas quem leva a fama é ele. Um telefonema de número desconhecido liga para Rita e lhe propõe ficar rica. Rita vai ao ponto de encontro e é sequestrada. Logo, ela descobre estar em frente do maior traficante do país, Manitas (Karla Sofía Gascón, atriz trans, aqui interpretando um personagem cis masculino). Manitas contrata Rita e quer que ela o ajude e mudar de corpo e de identidade, pois seu sonho e desejo sempre foi a de ser mulher. Manitas quer também que Rita leve a ex-esposa Jessie (Selena Gomez), que acredita que Manitas morreu, e seus dois filhos para morar na Suíca. Passam-se 4 anos: Rita está rica, morando em Londres, até que é procurada por uma mulher chamada Emília Perez que lhe propõe um trabalho. Rita reconhece que Emília era Manitas e aceita o trabalho: levar Jessie e os filhos de volta para o México, para morarem na casa de "Tia Emília", suposta prima desconhecida de Manitas.
Audiard é ousado e toda essa história é contada em diversos gêneros: musical, drama, romance queer e thriller. O roteiro é imprevisível e muito corajoso, e fosse apresentando aqui no Brasil para algum produtor produzir, duvido que encontraria espaço. O elenco todo está incrível. Saldanha e Gomez interpretam personagens latinas e aqui têm a oportunidade de falar a língua pátria delas. Muita gente vai se lembrar de Almodovar, do filme de Sebastian Lelio, "Uma mulher fantástica", e até mesmo 'Coringa- delírio à dois".
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