Leaving Virginia

"Leaving Virginia", de Li-Shu Lin (2020) Produção de Taiwan, "Leaving Virginia" começa como uma comédia repleta de malícia, estilo "American pie", e do meio em diante, vai se tornando denso e repleto de traumas, finalizando como se fosse um outro filme. O estudante Big D (Isaac Yang) está prestes a fazer 18 anos, e quer perder a sua virgindade. A sua namorada se recusa a fazer sexo. Quando seu melhor amigo Xu Lie (Ng Siu-hin) mente para ele dizendo que se ele não fizer sexo até os 18 anos, seu pênis irá diminuir de tamanho, ele se desespera. Os dois decidem contratar os serviços de uma prostituta de luxo, mas ela morre de overdose pela cocaína trazida por Xu Lie. Eles são ajudados pela jovem Xishi (Berry Kuo), uma vendedora de roupas ambulante que faz de sua van um comércio móvel. Eles e o corpo da prostituta embarcam na van para se desfazer do cadáver. Como todo road movie, o filme se transforma em uma reavaliação da vida dos três personagens. Xu Lie é visto como o adolescente rebelde e que só fala merda, bem no padrão de filmes americanos. A virada de gênero do meio em diante, onde traumas do passado surgem, trazendo temas como suicídio e abandono familiar, trazem um estranhamento ao filme. Longo e arrastado, a direção traz elementos gráficos de animação para dar maior dinamismo e visual pop. Para seduzir o público Lgbt, os dois protagonistas são vistos nus em diversos momentos do filme, e o filme deixa como segundas intenções, uma relação de broderagem repletas de tensão sexual.