Os amantes astronautas

'Los amantes astronautas", de Marco Berger (2024) Marco Berger atualmente é o maior representante do cinema queer da Argentina. Seus filmes, repletos de homoerotismo, nudez total masculina, tensão sexual e o elenco que parece capa da Abermcrombie e Calvin Klein, circulam nos festivais do mundo inteiro, deixando o público voyeur extasiado com as imagens na tela. Poucos cineastas conseguem captar tão bem o corpo masculino como Marco Berger. Concorrendo no Festival espanhol de San Sebastian, "Los amantes astronautas", no entanto, parece trazer Marco Berger para um outro caminho, mais aberto ao grande público e menos nichado para um público queer. Os dois atores principais, Lautaro Bettoni e Javier Orán, são dois dos atores mais lindos que você terá visto no cinema recente. Eles são apaixonantes e é impossível tirar os olhos da tela quando estão em cena. Mas aqui Berger decidiu investir em um romance mais pudico. Não há nudez frontal e nem cenas de sexo envolvendo os dois protagonistas. existe muita tensão sexual, olhares, toques. Pedro (Javier Orán) retorna a Buenos Aires para passar férias com seu primo e a namorada desse. Um grupo de amigos, entre eles Maxi (Lautaro Bettoni), também se encontram no local. Pedro é gay assumido. Maxi é hetero. Mas a amizade entre os dois é evidente, e eles se conectam na broderagem. Um dia, durante um jogo entre amigos, Maxi perde uma aposta para Maxi e esse decide contar aos outros uma mentira: que ele e Pedro estão namorando. A brincadeira deve durar 3 dias, o tempo suficiente para Pedro e Maxi decidirem se continuam na mentira, ou se investem em um romance real. Esse filme renderia uma ótima peça de teatro com poucos atores no elenco, todos na faixa dos 25/30 anos. Repleta de tesão e tensão sexual, certamente atrairia um público ao teatro ávido por boas performances e torcendo por um romance entre os dois protagonistas, com drama, humor, romance e principalmente, a alegria de ser jovem.