segunda-feira, 14 de outubro de 2024
Todo tempo que temos
"We live in time", de John Crowley (2024)
Andrew Garfield é o tipo de ator que todo mundo quer ter por perto, seja como amigo, parente, namorado, marido. O seu jeito desengonçado, garotão, é a sua marca registrada. O seu enorme carisma é um dos motivos do sucesso desse melodrama que ele divide com Florence Pugh, uma atriz que é uma força da natureza. A química é perfeita em cena. O espectador torce, sorri, chora, se apaixona por cada segundo. E sim, se prepare para chorar muitos litros nesse romance triste, mas que deixa um sorriso na boca no seu final.
Co-produção França e Estados Unidos, "Todo tempo que temos", é todo rodado em Londres, tanto na área rural quanto na metrópole. John Crowley dirigiu "Brooklyn", drama com Saorsie Rosnan que a colocou como indicada ao Oscar em 2015. Tobias (Andrew Garfield) é um jovem recém divorciado que numa noite, ao atravessar a rua, é atropelado por Almut (Florence Pugh). Tobias acorda no hospital todo enfaixado e assim ele e Almut se apaixonam à primeira vista. Almut sonha em ser chef de cozinha e por isso participa de um concurso de culinária. Tobias deseja constituir uma família. Almut fica em conflito sobre se segue seu coração ou seu desejo profissional. Até que a descoberta de um câncer muda toda a sua vida.
O filme é editado em narrativa não cronológica, e esse vai e vem no tempo ajuda a desmistificar os clichês do gênero: logo de início, já sabemos que ela está doente. O filme alterna momentos de drama, comédia e romance em boa dosagem. A cena do nascimento da filha do casal no banheiro de uma loja de conveniência é genial, com todo o elenco e dois atores coadjuvantes da loja perfeitos. É um filme elegante, bem filmado, com linda fotografia, trilha sonora e direção de arte. Não há como não se apaixonar pela dupla e sentir todo o peso de seus dramas e conflitos.
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