Coringa- delírio à dois

"Joker: Folie à Deux", de Todd Philips (2024) Antes que alguém diga algo: Eu adorei o filme! Diante de uma rejeição furiosa por parte da crítica e público que não perdoou a ousadia do diretor Todd Philips em torná-lo um musical, e mais, em fragilizar Arthur Fleck (Joaquim Phoenix) diante de sua outra persona, Coringa, "Joker: folie à deux" pode ser que venha a ter o seu valor reconhecido daqui há alguns anos. Ou quem sabe, ser ignorado solenemente pelos fãs do primeiro filme e esquecido em algum umbral. O que será uma pena. É um filme repleto de qualidades: Phoenix está brilhante, em todas as camadas que já conhecemos e que lhe valeu o Oscar de coadjuvante ( acrescido que agoram, ele canta e dança!!). Lady Gaga, ao contrário do que falavam, sim, é a protagonista feminina e aparece bastante. E a justificativa de sua escalação está obviamente nas canções que ela representa, deixando claro que a sua performance dramática também está excelente. O filme concorreu novamente no FEtsival de Veneza 2024, mas saiu sem prêmios e baixou as expectativas de toda a crítica e bolsa de apostas por premiações importantes. Arthur Fleck está preso na casa de saúde mental Arkham, onde sofre maus tratos dos guardas. Uma terapiua utilizando música é acrescentada aos presos. Um dia, Arthur se depara com Lee Quinzel (Lady Gaga), que vem a ser uma interna que é grande admiradora do Coringa. Arthur e Lee se apaixonam. O julgamento pelas 5 mortes provocadas por Arthur se aproxima, e ele entra na corte diante de um grande conflito: Arthur e Coringa são um só? Os números musicais surgem em momentos, como diz o título, de delírio de Arthur. O filme é um drama, e muita gente reclamou pela falta de cenas de ação. Dois números musicais são belíssimos: Close to you", cantado por Lady Gaga, e "Ne me quitte pas", com Joaquim Phoenix. A cena do carro nas ruas de Gotham ? Nova York é um primor de direção e de técnica.