quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Tóxico
"Tóxico", de Ariel Martínez Herrera (2020)
Considerado pela mídia argentina um filme estranhamente profético, “Tóxico" foi filmado antes da pandemia da Covid e trouxe na sua história elementos que parecem inacreditavelmente antecipados pelo diretor e roteirista Ariel Martinez Herrea. Me fez lembrar do filme brasileiro ‘A nuvem rosa”, de Lula Gerbase, que passou pela mesma situação. O filme também fala sobre uma pandemia que deixa a todos trancados em casa em um lockdown, e foi filmado antes da pandemia da Covid.
Laura (Jazmín Stuart) e Augusto (Agustín Rizzo) são um casal dono de uma farmácia de manipulação em Buenos Aires. Quando uma estranha pandemia de insônia toma conta do mundo, as pessoas passam a ficar agressivas e violentas por não conseguirem dormir. O governo promove um lockdown. Supermercados são saqueados, pessoas andam de máscaras, a farmácia é invadida. O casal decide viajar de motorhome para os pampas e se isolarem. No trajeto, o casal vai conhecendo outras pessoas e ao mesmo tempo, discutem o relacionamento.
Se apropriando do humor ácido tipicamente argentino, o filme faz uma metáfora d pandemia e do isolamento para fazer a óbvia reparação sobre um casal que agora, obrigados a conviver sozinhos, botam na pauta toda a história de vida deles. Os dois atores são ótimos, e o filme tem umas gags macabras, como por exemplo, um homem que diversas vezes tenta se matar com tiro na cabeça. Uma pena que quando veio a covid, essa gag se tornou real para muita gente.
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