quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
A morte lhe cai bem
"Death becomes her", de Robert Zemeckis (1992)
Quando 'A substância", de Coralie Fargeat surgiu em 2o24, ele foi ovacionado no mundo inteiro pela sua ousadia e criatividade ao utilizar o gênero fantástico para falar sobre o etarismo e a fórmula da juventide eterna na misógena e cruel Hollywood. Mas em 1992, Robert Zemeckis lançou "A morte lhe cai bem" que fala sobre os mesmos temas, e se apropriou do humor ácido e da comédia besteirol. Com efeitos especiais revolcuionário, e vencedor do Oscar na categoria, o filme se tornou um clássico cult, não somente pela sua história bizarra e divertida e pelos efeitos impressionantes, mas pelo seu cast all star. Meryl Streep é Madeleine, uma atriz da Broadway decadente e arrogante, afeitada pela idade, já que o público não aceita que ela aja como uma jovem nos palcos. Goldie Hawn é Helen, uma roteirista que vive à sombra de Madaleine, que lhe rouba tudo: namorados, dignidade, auto estima. Bruce Willis é o cirurgião plástico Ernest, que vai à bancarrota e se torna alcóolatra ao se casar com Madeleine. E Isabella Rosellini é Lisie, uma mulher misteriosa que oferece poções da juventude, mas que precisam ter suas regras obedecidas
(olha aí de novo 'A substância"). Para qualquer cinéfilo, a referência de "O que aconteceu à Baby Jane" também é óbvia.
Rever o filme 32 anos depois de lançado é uma delçiia. os efeitos, obviamente, já não surpreendem mais. mas entender que Meryl Streep, Bruce Willis e Goldie Hawan, então no auge de suas carreiras premiadas, toparam entrar nessa brincadeira maluca que é o filme, é uma festa para o público. Todos os 3 são atores que transitam muito bem em todos os gêneros em que trabalham. Zemeckis por muito tempo ficou conhecido como o cineasta que, junto de Spielberg, revolucionaram os efeitos no cinema, e aqui, para quem não viu o filme na época, não faz idéia do quanto esse filme foi vanguarda.
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