sábado, 11 de janeiro de 2025

Bacalhau

"Bacalhau", de Adriano Stuart (1976) O que me chama mais atenção nessa paródia erótica de "Tubarão", clássico de Steven Spielberg, dirigida e escrita por Adriano Stuart, é pesquisar a carreira do diretor. Além de diretor, ele foi ator e produtor. Começou sua carreira dirigindo pornochanchadas e paródias, depois dirigiu 6 longas de "Os trapalhões" e ainda dirigiu o programa infantil na Globo "Tv Fofão". Outro feito foi ter realizado "Bacalhau" apenas 7 meses depois do filme "Tubarão" ter sido lançado nos cinemas, um recorde, o que deixa claro que o cinema comercial sempre funcionou como uma indústria, faturando em cima do que fazia sucesso. O filme é um mega trash divertido, e jamais se leva à sério. O bacalhau veio de Portugal, chamado de Bacalhau do Guiné, mas tem escrito na parte traseira "Made in Ribeirão Preto". A história segue exatamente igual ao original de Spielberg: ambientado em uma praia litorânea de São Paulo, logo no prólogo uma jovem é atacada pelo Bacalhau (repetindo a mesma cena de "Tubarão"). O prefeito da cidade, Petrôneo (Dionísio Azevedo), que tem uma amante, Ana (Helena Ramos), se recusa a escutar o delegado Breda (Helio Souto). de que um enorme bacalhau está matando banhistas, pois não quer que a notícia se espalhe e atrapalhe o turismo. O elenco é formado por Mauricio do Vale, no papel de um pescador que parodia o personagem de Richard Dreyfuss, Matilde Mastrangi, Neusa Borges, Canarinho, entre outros. O deboche maior é usarem como isca pedaços do disco de Amália Rodrigues, cantora portuguesa, para atrair o peixão. Tudo no filme é caricato: piadas homofóbicas, sexistas, objetificadas. Mas em se tratando de pornochanchada, eram os temas recorrentes. Ainda assim, dá para se divertir bastante com tanta bizarrice na história e nos efeitos mega toscos.

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