quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Beautiful friend

"Beautiful friend", de Truman Kewley (2023) Thriller psicológico indie americano, "Beautiful friend" flerta com o terror ao apresentar um psicopata misógeno que decide sequestrar uma jovem durante a pandemia da covid na Califórnia. A narrativa do filme me lembrou muito o cult de terror austráico "Medo/angústia", de Gerald Kargl, onde o filme é todo narrado em off pelo protagonista, para que o espectador entenda as motivações, pensamentos e reflexões da mente de um assassino. Na verdade, 'Beautiful friend" é dividido em 2 segmentos: o 1o é todo narrado em off pelo psicopata, com divagações existenciais sobre os seus atos. O 2o ato já traz uma estrutura mais narrativa, com conversas entre o sequestrador e sua vítima em cativeiro. Daniel (Adam Jones) é um estudante de cinema introvertido e anti-social. Ele nunca teve nenhum relacionamento com mulhers e não entende porque elas o evitam. Ele sequestra uma mulher, Madison (Alexandra Meyer) e decide fazer um filme sobre essa experiência, documentando todo o processo. O filme é controverso e traz cenas que irão provocar revolta no público, e a mais problemática, é a cena do estupro de Madison. Daniel decide gravar o ato, dá um banho na jovem e em um único plano sequência, ele a violenta. É uma cena brutal e bastante incômoda. Mais adiante, ele procura, já no cativeiro, fazer com que ela se apaixone por ele, e Madison decide entrar no jogo, forjando ser uma vítima da síndrome do Estocolmo. Não é um filme que possa ser recomendado pelo teor problemático e que pode provocar gatilhos. Os dois atores foram corajosos e bastante envolvidos com o processo do filme, junto ao diretor Truman Kewley.

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