terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Ironweed

"Ironweed", de Hector Babenco (1987) Uma das grandes obras primas de Hector Babenco, "Ironweed" foi um filme injustiçado na época do lançamento, em 1987. Foi pouco visto, muitas pessoas o consideravam desesperançoso e trágico demais, e os Estados Unidos na época estavam vivendo uma grande crise econômica e de desemprego. Eu assisti na época do lançamento e de fato saí arrasado do filme, ele é denso, pesado, o espectador sai desolado da sala do cinema. Revendo quase 40 anos depois do lançamento, fico impressionado com a qualidade técnica em todos os níveis: a fotografia do brasileiro Lauro Escorel, a direção de arte impecável nos detalhes de Jeannine Oppewall, o figurino de Joseph G. Aulisi. E claro, a direção de Hector Babenco, que conduziu dois monstros sagrados da atuação, Meryl Streep (Helen) e Jack Nicholson (Francis), que inclusive foram indicados ao Oscar de ator e atriz em 1988. O elenco formidavel traz ainda Carroll Baker como a ex mulher de Francis, Tom Waits, como o sem teto Rudy, Fred Gwynne como um barman. "Ironweed " é adaptado do romance escrito por William Kennedyde, e ganhou o Prêmio Pulitzerde de literatura. A história se passa durante a Grande Depressão americana, em 1938. Francis Phelan abandonou a família e sua carreira após acidentalmente, ter deixado seu filho cair no chão e morrer. Tornou-se alcóolatra e sem teto. Francis matou acidentalmente um criminoso e um maquinista de um bonde, e esses fantasmas do passado o assombram. Francis se relaciona com Helen, uma ex-pianista e cantora que entru em depressão e também tornou-se alcoolatra e sem teto. Juntos, os dois procuram viver o dia a dia, no inverno rigoroso de Albany, Nova York. As performances de Jack Nicholson e Meryl Streep são comoventes. É impressionanet o trabalho de corpo e a representação de dois alcóolatras, sem cair em clichês de bênados.

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