sábado, 11 de janeiro de 2025
O paraíso dos espinhos
"Wiman Nam", de Naruebet Kuno (2024)
Um intenso dramalhão Lgbtqiap+ tailandês, "O paraíso dos espinhos" é co-escrito e dirigido pelo cienasta Naruebet Kuno. Ambientado em Mae Hong Son, área rural do país, o filme acompanha um jovem casal gay, Thongkam (Jeff Satur) e Sek (Pongsakorn Mettarikanon). Com muito trabalho, eles compraram um terreno, plantaram árvores de Durians (fruto local e muito apreciado pelos asiáticos) e construíram a casa onde moram. Um dia, ao subir em uma árvore para colher os frutos, Sek cai e bate a cabeça, ficando inconsciente. Desesperado, Thongkam o leva para o hospital, mas para ser atendido, ele precisa que um parente assine um atestado. Sem poder comprovar que é casado com Sek, pois o documento atestando o casamento não saiu. Thiongkam aciona a mãe de Sek, a idosa paraplégica Saeng (Srida Puapimol), que segue para a região junto de sua filha adotiva, Mo (Engfa Waraha) . Mas elas se acidentam no caminho e não chegam a tempo: Sek morre. Saeng e Mo, após o velório, decidem dar uma cartada em Thongkam: elas querem o tereno e a casa, pois como estava tudo em nome de Sek, elas se vêem no direito de reinvidicar tudo.
O roteiro não tem o mínimo pudor de trazer as personagens femininas como as grandes vilãs da história. O espectador torce bastante pelo personagem de Thongkam, e ainda mais, pelo de Jingna (Harit Buayoi), o irmão de Mo que chega para ajudar mas, para o desespero de Mo, se apaixona por Thogkam e o ajuda. Os gays são as grandes vítimas da história, e as viradas na história, todas bastante rocambolescas, são deliciosamente vis. O desfecho vai deixar muita gente chateada, pelo destino de um personagem querido. A fotografia é um grande destaque, realçando as locações tanto nas dirunas, quanto nas noturnas. (Engfa Waraha), no papel de Mo, mostra-se uma das grandes vilãs do cinema tailandês, merece aplausos pela complexa camada da sua personagem.
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