terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Brutal
"Brutal", de Takashi Hirose (2017)
Junto de "Grotesque", de Koji Shiraishi, "Brutal" é dos filmes mais explicitamente bizarros e violentos que já assisti. "Jogos mortais" e "O albergue" podem ser mais gore, mas aqui é um terror realista. O filme tem cenas cruéis de misoginia, onde mulheres são brutalmente espancadas, esfaqueadas e violadas. Mas o filme resreva uma segunda parte, onde os gêneros se invertem, subvertendo a maioria dos filmes de terror onde as vítimas são as mulheres.
Dividido em 3 capítulos, o filme é um festival de mutilações, decapitações, esfaqueamentos e socos.
No 1o capítulo, Butch é um rapaz que convida mulheres para o seu apartamento e depois as mata.
No 2o capítulo, Ayano é uma mulher que convida homens para seu apartamento e depois os mata.
No 3o capítulo, Bucth e Ayano se conhecem e seguem para o apartamento de um deles, para um final apoteoticamente violento.
A história, singela, é pretexto para a sanguinolência abissal que envolve os 70 minutos do filme. Filmado em estilo Grindhouse, com granulações e arranhões na tela, homenageando os filmes exploitation dos anos 70.
O roteiro dá a entender que tanto Bucth quanto Ayano se tornaram serial killers por traumas do passado: ele foi esnobado pelas mulheres, pelo seu pênis pequeno, e ela foi estuprada e mutilada nos órgãos genitais.
Uma das cenas mais angustiantes é a preparação de uma sopa de vísceras humanas, que tem até cabelo. Um filme para poucos.
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