quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Babygirl
"Babygirl", de Halina Reijn (2024)
A roteirista e diretora holandesa Halina Reijn dirigiu em 2019 seu primeiro longa, "Instinto", sobre uma psicóloga que se apaixona por um detento que ela atende. Essa relação sobre poder e sobre ética profissional é repetida no seu excelente "Babygirl". (curiosamente, o 2o longa de Halina é o cult de terror "Bodies, bodies, bodies", também da A24, mesma produtora de "Babygirl"). E vale fazer uma comparação com outro filme vigoroso igualmente escrito e dirigido por uma mulher européia: Coralie Fargeat e "A substância". os dois filmes têm muito a ver, não só pelas pautas misógenas, etaristas e de auto crítica e auto estima, quanto pela homenagem que fazem às suas estrelas, em auto referências à sua história de vida e como são vistas pela mídia: Demi Moore e Nicole Kidman, que tem uma cena emblemática aplicando botox e sua filha comentando que ela está com cara de peixe morto.
O filme é repleto de sub-textos: sororidade, relações de poder, pautas geracionais, liberdade sexual, luta de classes, assédio moral e sexual, frigidez, crise no casamento. Ofilme deu à Nicole Kidman o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza 2024, merecido, pois ela está totalmente vulnerável em cena, se apresentando nua e em cenas de sexo de alta voltagem. Preciso mencionar também o grande talento e força do jovem Harris Dickinson, que teve culhão o suficiente para dividir quase metade do filme em cenas de embates psicológicos e sexuais com Nicole Kidman, que notoriamente não é uma atriz fácil de lidar. Antonio Banderas, que interpreta o bom marido de Romy (Nicole), Jacob, interpreta um diretor de teatro feliz com seu casamento e duas filhas e que aos poucos, vê o relacionamento ruir. Romy é uma poderosa Ceo de uma empresa de alta tecnologia, que ao conhecer o estagiário Samuel (Dickinson), tem sua vida totalmente desestruturada. O jogo se inverte, e Samuel assume o pdoer no jogo de sedução com Romy, em cenas tórridas que lembram muito o cult "9 1/2 semanas de amor", de Adrian Lyne.
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