segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Black field
"Mavro Livadi", de Vardis Marinakis (2009)
Drama LGBTQIAP+ grego, "Black field" remete a 2 filmes clássicos: 'Narciso negro", de Emeric Pressburger e Michael Powell, e "O estranho que nós amamos", de Don Siegel. Em ambos os filmes, a presença de um homem em um convento só de mulheres gera desejos, angústia e transtornos às residentes. No ano de 1654, existiam os janízaros, que eram soldados sequestrados quando crianças das famílias pobres de territórios não ocupados pelos turcos, para serem educados e lutarem na guerra. Os janízaros eram cristãos ortodoxos. Em um convento de freiras no alto de um penhasco, um janízaro ferido aparece, e é cuidado por elas. Duas freiras passam a sentir desejos sexuais pelo homem: Anthi e Pelaghia. Anthi tem um segredo: é um homem, cuja identidade de gênero somente a madre superiora sabe. Para evitar que ele fosse levado quando criança para ser um janízaro, Anthi foi criado pela madre.
Lindamente fotografado nas imponentes montanhas de Nafplion, na Grécia, "Black field" tem temas como repressão sexual, descoberta da sexualidade, além do fanatismo religioso. Para o papel de Anthi, foi escalada uma atriz cis, Sofia Georgovassili, que recebeu prêmios em festivais. As cenas de sexo são sensuais, muito bem filmadas. O ato final traz elementos de realismo fantástico, como uma metáfora sobre aceitação e liberdade.
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