Diagnóstico: dissidente

'Diagnosis:dissent", de Denis Tarasov (2023) Denso drama ucraniano baseado em fatos reais. Nos anos 70, o governo soviético enviava secretamente cidadãos acusados de serem contra o regime ou com atitudes suspeitas para instituições psiquiátricas, com falsos laudos de esquizofrenia. Enquanto a sociedade imaginava que esses dissidentes eram enviados para prisões, eles sofriam torturas e mortes em hospitais que mais pareciam campos de concentração. Segundo dados encontrados nos arquivos da KGB, mais de 2 milhões de pessoas forame viados a esses centros médicos. O filme finaliza dizendo que ainda existem relatos de pessoas sofrendo tratamentos psiquiátricos forçados na Rússia. Ambientado em 1977 em Kiev, o filme acompanha Andriy Dovzhenko (Kostyantyn Temlyak), um jovem que aprecia rock americano (Deep purple. Rolling Stones, Led Zeppelin) e se veste de forma ocidental. Isso é o suficiente para que as autoridades o prendam, acusando-o de ser simpatizante anti-soviético. O filme lembra filmes que apresentam as instituições carcerárias como centros de correção: 'Um estranho no ninho", "Frances", e tantos outros, apresentando uma infinidade de cenas de torturas físicas e mentais e assassinatos. Os médicos aqui retratados parecem verdadeiros serial killers, e tem um momento do filme que ele praticamente se torna em um slasher, com fotografia escura, mortes violentas e muito sangue. O elenco de apoio é excelente, principalmente os outros presos que formam um grupo junto a Andriy, também uma grande performance de Kostyantyn Temlyak.