quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Nosferatu

"Nosferatu", de Robert Eggars (2024) Refilmagem do clássico de Murnau de 1922, "Nosferatu" é o 4o longa dirigido pelo cineasta americano Robert Eggars, um dos maiores estetas do atual cinema de terror e de gênero, respeitado por críticos e cultuado por uma legião de fãs no mundo inteiro. "Nosferatu", assim que lançado o trailer, provocou um furor na mídia , que se concretiza de forma primorosa em um filme radicalmente perfeito em todas as suas áreas. Trabalhando mais uma vez com seu fotógrafo Jarin Blaschke, que iluminou todos os seus filmes, e que aqui, transforma cada frame em uma obra de arte no trabalho de luz e sombras. A trilha sonora é de Robin Carolan, que trabalhou em "O homem do norte". O diretor de arte é Craig Lathrop, que também esteve em todos os filmes de Eggars. Muito bacana que Eggars mantenha a sua equipe que o ajuda a botar na tela as suas idéias sobre um cinema autoral que procura buscar um lado comercial e agradar a todos os públicos. "Nosferatu" já teve outras versões: a de 79 de Herzog e a de 2023 de David Lee Fisher. Eu mesmo me confundo com a história de Nosferatu e de Drácula, tanto que recentemente teve "A última viagem de Demeter" que lembra muito Nosferatu. Li que os herdeiros de Bram Stoker processaram Murnau e os produtores de "Nosferatu" por fazerem um filme copiado de Drácula, mesmo que os personagens tenham nomes diferentes. Na Alemanha de 1838, Thomas Hutter (Nicholas Hault) mora com sua esposa Ellen (Lily Rose Depp). Ele consegue um trabalho com uma imobiliária cujo dono, Knock (Simon Mcburney) o incumbe de uma taref complexa: Thomas deve viajar até as distantes montanhas da Transilvânia e entregar um contrato de compra de uma propriedade na mesma cidade onde Thomas e Elen moram. Ellen é deixada para passar uns dias na mansão de seus amigos: Friedrich (Aaron Taylor Johnson) e sua esposa Emma Corrin. Ao chegar no castelo, Thomas é recebido pelo Conde Oarlok (Bill Skarsgard), que o enfetiça. Ellen, por sua vez, passa a sofrer toda noite transes que a fazem ter pesadelos sobre a presença da morte. O professor Albin (Willen Dafoe) é convocado para tentar entender o que está acontecendo com Ellen. O filme possui muitos momentos antológicos, mas o desfecho é certamente o seu ponto alto, reverenciado inclusive a famosa cena de Nosferatu de Murnau, com a sombra do vampiro emergindo, uma das imagens icônicas do expressionismo alemão. E a voz gutural gravde de Orloko, um trabalho brilhante de Skaasgard.

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