quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Bernarda é a pátria
"Bernarda es la patria", de Diego Schipani (2020)
Documentário argentino que faz um paralelo entra a arte das Drags e travestis nos dias de hoje e nos tumultuados e proibitivos anos 80, época em que a ditadura perseguia a comunidade Lgbt. Uma montagem do clássico texto de Fernando Garcia Lorca, “A casa de Bernarda Alba” está sendo montada com atores homens gays interpretando as personagens femininas. O protagonista é Willy Lemos, um dos pioneiros do transformismo na Argentina. Através de sua história de vida, o filme percorre os anos 80, trazendo temas como Aids, homofobia, perseguição policial. Existiu uma montagem underground nos anos 80 de Bernarda Alba com uma travesti interpretando. Willy ajuda a escalar o elenco da encenação atual e ele será Alba. Willy s orgulha de ter sido a primeira travesti do cinema nacional em “Saltos Altos" , de Sergio Renán. Em determinado momento, ele dá um depoimento sobre como eram perseguidos pela polícia nos anos 80. Uma vez, um policial o revistou e encontrou maquiagem, perguntando para o que era. Willy respondeu: “Para minha maquiagem de palhaço. Eu sou um artista”.
O filme é uma homenagem aos artistas, ao teatro independente , ao movimento Lgbt e à resistência da arte diante de momentos históricos que iam contra a cultura, e fazem um paralelo com a Argentina atual.
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