segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Sexo y revolucción
"Sexo y revolucción", de Ernesto Ardito (2021)
Importante documentário LGBTQIAP+ argentino, "Sexo e revolução" apresenta uma excelente pesquisa de cenas de filmes conhecidos, fotos, imagens documentais que refletem de forma poética, a tese dos autores do filme a respeito da homossexualidade na Argentina no início dos anos 70. Um filme instigante, traz depoimentos de integrantes do movimento Frente de Libertação Homossexual, surgido em 1971 para combater a homofobia e os crimes contra os homossexais. A direita peronista mandava prender a comunidade queer, mandando-os ou para a cadeia ou para instituições para doentes mentais, sofrendo todo tipo de torturas. Por outro lado, a esquerda, grupo que abraçava os homossexauis, com muitos intelectuais e artistas, passou também a ser condenada pela esquerda, principalmente o partido comunista, influenciado por Cuba: Fidel mandou prender todos os artistas e intelectuais gays e lésbicas e mandou-os para a prisão, alegando que "A homossexualidade é um produto do capitalismo decadente e um ato burguês".
O filme começa apontando sobre como o capitalismo, através do abuso de Poder sobre dominantes e dominados, propagavam a relação Patrão X empregado, homem X mulher e por último, governo e sociedade X Homossexuais. A rebelião de Stonewall e a primeira parada gay americana foram fortes influências para o movimento argentino, que foi criando forças, mesmo diante da falta de apoio dos partidos de direita e de esquerda. É um excelente documento histórico sobre o movimento Lgbt na Argentina, e o mais sedutor para os cinéfilos, traz uma coleção enorme de cenas de filmes famosos ou obscuros que retratam a homossexualidade no cinema.
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