segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Eu não sei quem você é
"I don't know who you are", de MH Murray (2024)
Premiado drama LGBTQIAP+ canadense, rodado em 3 dias e com orçamento ínfimo, "Eu não sei quem voc6e é" é um excelente drama, repleto de emoção e humanidade em uma Toronto fria e egoísta. O filme é co-escrito pelo ator Mark Clennon, que dá vida ao músico Benjamin. Morando sozinho em um pequeno apartamento alugado, Benjamin luta para manter sua segurança financeira: ele envia dinheiro para a sua família, paga o aluguel e no final, sua geladeira fica totalmente vazia e seu bolso com nenhum dinheiro reserva. Benjamin sobrevive dando aulas de flauta, instrumento que ele toca nos bares. Benjamin tem um caso ainda não resolvido totalmente com Malcolm (Anthony Diaz): o fantasma do seu ex-namorado ainda lhe assombra e ele evita relacionamentos. Uma noite, Benjamin vai para uma festa com sua melhor amiga Ariel (Nat Patricia Manuel, maravilhosa). Ao rever seu ex na festa acompanhado do novo namorado, Benjamin bebe bastante e vai embora. Na rua, ele é abordado por um homem que o agride e o estupra sem camisinha. Ariel toma conhecimento e sugere que Benjamin vá fazer exame de sangue. Para alívio, ele está negativo para HIV. Mas uma médica diz que o vírus pode s emanifestar entre 3 semanas a e 3 meses, e ara isso, ela prescreve que ele tome Prep por 28 dias, tomando a primeira dose o quanto antes, sendo que é importante ser tomado nas primeiras 72 horas. Na farmácia, Benjamin descobre que o governo não banca o remédio que custa 990 dólares. Benjamin corre contra o tempo para tentar juntar o dinheiro.
Algumas decisões de roteiro e escalação de elenco eu não curti ( era óbvio que ele iria ser assaltado, e a escalação do único ator asiático para ser o atendente da farmácia frio e arrogante não me pareceu correto como identidade). Mas a excelência do elenco, e o ritmo do filme, com uma dinâmica que funciona para ser um contador do tempo que urge é bastante eficiente. O filme se torna uma forte crítica ao descaso do governo com a comunidade queer e potenciais cidadãos que se colocam em risco de contrair o HIV por falta de assistência médica gratuita. A luz no fim do túnel do filme bora crédito nos seres humanos, que mesmo em tempos de agoísmo, ainda trazem o mínimo de altruísmo.
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