sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Dahomey
'Dahomey", de Mati Diop (2024)
Vencedor do Urso de ouro no Festival de Berlim 2024 de melhor filme, "Dahomey" é um documentário inquietante e transformador que apresenta o ponto d evista dos colonizados perante a devolução de uma ínfima parte do tespuro saqueado pelos colonizadores. Em novembro de 2021, foi noticiado mundialmente que 26 artefatos do reino de Dahomey, localizado no País africano Benim, seriam devolvidos ao país. As peças até então se encontravam expostas em um museu em Paris, e foram levadas para a França no final do século 19, junto de outros 7 mil artefatos. O governo de BEnim comemora o feito, mas diante uma coletiva de imprensa e um evento coordenado por estudantes de Benim, se instaura uma forte discussão política e cultural. Afinal, porque se deve comemorar?
São muitos os tópicos provocativos levantados pelos estudantes: 26 peças entre mais de 7 mil? Quando serão devolvidos o restante? O país tem dialetos de povos africanos, mas a população fala a língua do colonizador, o francês (uma estudante diz que ela não é francesa, mas fala francês, língua ensinada nas escolas, ao invés dos dialetos africanos, que foram abandonados). A França divulga na mídia como se a devolução fosse um ato generoso do país, quando para os estudantes, ele acaba se promovendo de forma benéfica perante a sociedade. O filme ainda reserva um segmento que vai costurando o filme, que é uma narração em off de uma das estátuas, a de No 26, que faz um relato em realismo fantástico de toda a sua trajetória, desde o seéculo 19, até um futuro incerto, após a sua devolução.
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