Hope

"Hope", de Katie Parker (2024) Um ótimo curta LGBTQIAP+ inglês, com um texto que coloca dois protagonistas, um gay assumido e outro bissexual, católicos, mas em conflito com sua orientação sexual perante à Igreja. O filme renderia uma excelente peça de teatro com dois atores na faixa dos 30 anos. Lucas (Kyle Brookes) decide entrar na igreja, após muito tempo hesitante. O lugar lhe inspira conforto, afinal, é o lugar onde faz ele se lembrar de sua mãe, uma mulher religiosa que ele ama muito. Mas Lucas tem seus traumas: na infância, seu pai o assediou moralmente, obrigando ele a decorar a bíblia. Na igreja, ele conhece Billy ((Rich Dee)), um homem que se assume bissexual para Lucas. Os dois conversam sobre a diferença entre ser gay e bi, e o quanto isso representa para Billy uma luta moral contra si mesmo e sua família. Ambos combinam de se encontrar em um outro dia, na mesma igreja, para continuar a conversa e para se conhecerem melhor. Com boas interpretações dos 2 únicos atores do elenco e um texto com diálogos precisos e provocativos, o filme foi rodado com baixíssimo orçamento, porém traz um conteúdo que mescla drama e um desfecho que emociona e comove. (Me lembrei da peça 'Latitude sobre cavalos", sobre 2 homens, um gay asssumido e outro não, que se conhecem em um cinema pornô e marcam encontros semanais na mesma sala).