terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Martin Garcia
"Martin Garcia", de Anibal Garisto (2024)
Longa de ficção de estréia do documentarista argentino Anibal Garisto, "Martin Garcia" é o nome de uma Ilha que fica entre a ARgentina e o Uruguai. Na ilha, moram cerca de 120 habitantes e é um local tranquilo, parado no tempo, sem internet. No início dos anos 2000, Garisto ouviu de um colega que na ilha não tinha nenhum adolescente, e isso deu idéia para ele escrever o filme. O filme me lembrou de "Houve uma vez um verão", sobre um jovem que perde a virgindade durante uma viagem, com uma mulher mais velha. "Martin Garcia" é um belo coming of age, de ritmo lento e contemplativo, para trazer ao espectador a mesma sensação que o protagonista German (Ignacio Quesada), ao sair da conturbada Buenos AIres para uma ilha onde o ritmo é totalmente diferente do seu. A mãe de German, Karla (Mora Recalde), decide se mudar para a ilha para morar com seu namorado. German é um artista que é obrigado a deixar tudo para atrás: amigos, escola, centro urbano, internet. Ele precisa se adaptar à uma nova realidade. Aos poucos, ele vai se adaptando à natureza, à paz do local e principalmente, o primeiro amor, que floresce ao conhece a guarda florestal (Thelma Fardin), por quem se apaixona.
O filme faz parte da tradição do cinema slow movie latino: indie, lento, com bons atores e uma história onde pouco acontece, vindo da tradição dos filmes do francês Eric Rohmer, repleto de minimalismo.
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