Kruste

"Kruste", de Jens Kevin Georg (2023) Interessantíssimo curta alemão, que mescla drama, humor bizarro ( no melhor estilo Wes Anderson ou Aki Kaurismaki, um universo muito particular), revelando uma curiosa e estranha tradição na árvore genealógica de uma família. Para se considerar pertencente à família, e atingir uma maioridade onde se sinta empoderado, o familiar precisa sofrer uma cicatriz dolorosa e que seja bastante feia e violenta. Metaforicamente, é como se fosse um rito de passagem para uma maioridade e acolhimento, caso contrário, a pessoa será ignorada e desprezada pelos outros familiares. A família é composta prlo avô Winni (Heinz Wanitschek), o pai, Ottis (Sven Hönig), a filha pequena Bia (Luísa Landau) e o adoelscente de 12 anos Fabi (Philip Kapell). Asism como na tradição judaica, o Bar mitzvah indica um pertencimento quando o menino chega aos 12 anos. Inspirado na história pessoal do diretor e roteirista Jens Kevin Georg, que, quando era criança e se machucou feio durante uma patinação, sangrando bastante, as pessoas diziam que ele finalmente havia se tornado um adulto e homem, ao suportar a dôr. Mas o protagonista Fabi não quer fazer parte dessa tradição, ao contrário de sua irmã pequena Bia, mais corajosa e repleta de necessidade de pertencimento do que o irmão mais velho. Com um trabalho incrível de composição físico e de personagem dos 4 atores, o filme é fascinante, desenhando muito bem cada um dele se com um desenho de produção excelente, com direito a uma montanha russa artensanal.