domingo, 29 de dezembro de 2024
Morra monstro morra
"Muere, monstruo, muere", de Alejandro Fadel (2018)
Concorrendo no Fetsival de Cannes na Mostra un certain regard e no Festival de Sitges em 2018, "Morra monstro morra" é uma co-produção Argentina, França e Chile. O filme é um misto de gêneros, que vai do horror, fantasia, drama, thriller policial. No entanto, o cineasta Alejandro Fadel não facilita a experiência do filme para o público, e tudo torna-se hermético e sme explicação, deixando para o espectador elocubrar a sua interpretação. Me lembrou do filme do mexicano Amat Escalante, " Aregião selvagem", que apresenta um ser monstruoso escondido em uma cabana, e tambem, ecos de "Alien, o 8 passageiro" e "Veludo azul", de David Lynch. Mas tendo como narrativa uma viagem experimental e sensorial de difícil assimilação.
Na cordilheira dos Andes, uma mulher é encontrada sem cabeça. Ela é Francisca, casada com David, o principal suspeito. Francisca era amante do policial Cruz e cabe a ele tentar descandar o crime. Davi é levado para uma clínica psiquiatrica e diz que existe um monstro na região, e ele tem visões e fala coisas sem sentido, que podem ser expressas como "Morra monstro morra". Outras mulheres são encontradas sem cabeça e um grupo de policiais liderados por Cruz e seu chefe seguem montanha adentro para descobrir o assassino.
O filme deixa claro por um bom tempo que o tema é o feminicídio e que o monstro poderia ser simbólico e representar a misoginia e violência contra a mulher em uma sociedade machista. Mas o monstro de fato aparece lá no final, com um rosto que é uma vagina dentada!!!!! e um rabo que é um falo em forma de pênis. Essa bizarrice fica sem explicação e já li várias explicações sobre metáforas e coisas e tal. Mas teria sido mais inteligente que o monstro não aparecesse. O filme tem um ritmo lento e dificilmente irá agradar fãs do terror ou mesmo fàs de um cinema mais ousado e experimental.
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