sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Uma quase dupla


"Um quase dupla", de Marcus Baldini (2018)
Comédia policial protagonizada por Tatá Werneck e Cauã Raymond, dirigida por Marcus Baldini, diretor do filme "Bruna Surfistinha". O filme, escrito por vários roteiristas famosos pelo humor anárquico (Daniel Furlan e Leandro Muniz, entre outros) aposta no humor já reconhecido de Tatá Werneck, em um estilo bem particular de comédia improvisada e sem freios. A história é um pout pourri de situações e cenas já vistas em vários filmes policiais: desde a famosa cena de Robert de Niro no espelho de "Taxi Driver", até as mortes de 'Seven", passando pelos filmes de duplas de policiais que não se bicam, que tem seu auge na franquia "Máquina mortífera".
Tatá é Keyla, uma policial bronca e valentona que é enviada até a cidade de Joinlândia, no interior, para tentar resolver os crimes cometidos por um serial killer. O delegado local coloca como parceiro de Keyla, o policial Claudio (Raymond), um boa praça que é mimado por sua mãe (Louise Cardoso). Claudio acredita na bondade das pessoas, mas ao mesmo tempo, não tem o sangue frio de Keyla para testemunhar as cenas dos crimes.
O melhor do filme são as participações, com excelentes atores do humor: Augusto Madeira, Ilana Kaplan, Luciana Paes, Daniel Furlan, Caito Mainier, Ary França, Pedroca Monteiro, entre outros. Alejandro Claveaux faz um tipo divertido como médico legista. Mas a grande surpresa é Cauã, bem à vontade no papel de um homem medroso e bobo, um tipo que poderia se tornar ridículo, mas que Cauã faz com bastante inteligência.
É uma comédia bem maluca, com situações beirando o bizarro. Não é para todos os gostos, mas certamente, é um diferencial.

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