sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Rasga coração

“Rasga coração”, de Jorge Furtado (2018) Oduvaldo Vianna Filho foi um dos grandes escritores brasileiros um grande cronista que retratava cm humor, doc;ura e melancolia, a vida comum das pessoas que transitavam em meio à ditadura, amor, traições, conflitos familiares. "Rasga coração" foi lançada em 1974, anos da morte de Vianinha, aos 38 anos de idade. Ficou anos proibido de ser encenado. Somente mais de uma década depois teve sua primeira montagem. Jorge Furtado, famoso roteirista e CIneasta consagrado, ficou com a missão de levar a peça para as telas. Ele atualizou a história, trazendo-a para 2 épocas distintas: anos 70, em plena ditadura, e o ano de 2013, quando começaram os movimentos nas ruas pedindo um fim à corrupção, liderado por estudantes. Manguary (Marco Ricca) trabalha numa repartição pública há mais de 20 anos. Sua esposa, Nena (Drica Moraes) , é dona de casa. O filho deles, Luca (Chay Suede) está estudando, e começa a participar de liderança estudantil, ajudado pela sua namorada Mil (Luisa Arraes). Inconformados com os rumos conservadores da escola, eles passam a discutir movimento nas ruas. Os pais de Luca não concordam com o rumo do filho, mas ao mesmo tempo, Manguary se lembra de seu tempo de líder estudantil (João Pedro Zappa), e a sua amizade com Bundinha (George Sauma), um artista que vive de trambiques. Manguary também teve seus entraves com seu pai, e parece que, décadas depois, a história se repete. Jorge Furtado sempre foi famoso por escalar atores de peso em seus filmes. Em "Rasga coração", ele conta com a ajuda mais do que luxuosa de atores fortes, que dão suporte a personagens bastante esquemáticos. As frases em sua maioria são aquelas construídas como frases de efeito, mas tudo bem, em um filme onde se discute política e lições de vida e moral entre gerações, isso se torna inevitável. Também me incomodou o tom do personagem de George Sauma, graus acima dos outros personagens. Tudo bem que ele, como Artista, quer ser o vanguarda, o engraçadinho, o prafrentex, mas saiu ficou muito distante dos outros personagens. No mais, destaque total para Marco Ricca, Drica Moraes e Chay Suede, que estão ótimos.

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