quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Maria Callas - em suas próprias palavras

“Maria by Callas”, de Tom Volf (2017) Comovente documentário que faz um retrato pungente da maior Diva da ópera de todos os tempos, Maria Callas, que nasceu em Nova York em 1923 e morreu em 1977, de ataque cardíaco. O filme se apropria da mesma linguagem narrativa do documentário "Ingrid Bergman": através das trocas de cartas ( aqui, entre Callas e sua professora e mentora, Elvira de Hidalgo), expondo momentos íntimos, o diretor Tom Volf usa as vozes de Fanny Ardant e Joyce DiDonato para dar vida ao martírio existencial de Callas. Desde criança, ela sofreu pressão dos pais para se cantora e não viveu sua infância e adolescência como uma pessoa comum.. Já adulta, cantou em óperas e ganhou a fama imediatamente. Bajulada por uma massa de fotógrafos e jornalistas sensacionalistas por onde quer que andasse, Callas se ressente de uma apresentação que fez em Roma e por conta de uma bronquite, ela cancelou o espetáculo. Acusada de Prima Dona e de tempestuosa, a imprensa caiu de pau nela, o que a deixou deprimida. O filme apresenta muitos casos de rusgas profissionais de La Callas, além do foco principal no terceiro ato: a sua separação com um milionário e o caso com Artistoteles Onassis, multimilionário grego, que depois a abandonou para se casar com Jackie Kennedy. Todo esse imbroglio foi fartamente coberto pela imprensa, deixando-a reclusa. Callas dá depoimentos maravilhosos para vários jornalistas, e o discurso onde ela fala sobre o Artista e sua arte é antológico. Um dos melhores nmomentos é quando um jornalista entrevista fãs de Callas me Nova York, que ficaram dias na fila para comprar um ingresso e respondem perguntas sobre o que ela representa para eles. Um filme obrigatório.

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