sábado, 29 de dezembro de 2018

Be my Cat: Um filme para Anne

"Be my Cat: A film for Anne", de Adrian Tofei (2015) Esse filme de terror na linguagem do found footage, o 1o a ser realizado na Romênia, parte de uma excelente premissa: com o advento do cinema digital e o barateamento de equipamento de câmera, qualquer um pode fazer um filme. Até mesmo um serial killer. Adrian Tofei ( que escreve, dirige, produz, fotografa e protagoniza) dá vida ao seu alter ego Adrian: fã confesso da atriz Anne Hathaway, ele quer fazer um filme para provar a ela que ela deve aceitar protagonizar o seu filme. Para isso, Adrian contrata 3 atrizes que farão o maior sacrifício de uma Atriz: morrer literalmente pelo papel. Com uma interessante premissa de metalinguagem para discutir o limite entre Ficção e realidade e principalmente, o limite moral das orientações dadas por um Diretor para a sua Atriz, o que aqui envolve assédio moral, físico e sexual, o filme é dos mais insanos que você já terá visto. É angustiante e aflitivo, mas também bem curioso. O espectador abe o destino das 3 atrizes, mas nem por isso deixa de assistir. O Diretor Adrian Tofei sabe dessa ânsia sádica e voyeur do espectador e alimenta ele com cenas de pura misoginia e machismo. Um filme provocador e polêmico, vencedor de inúmeros prêmios em Festivais de filmes de terror. 2 Poréns, que não fazem esse filme ser melhor do que é: ele é longo para a sua proposta e acaba ficando cansativo e repetitivo, deveria ter uns 20 minutos a menos. E o sangue é muito fake, não imprime nenhuma tensão.

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