sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

A ilha de Bergman

"Bergman och filmen, Bergman och teatern, Bergman och Fårö", de Marie Nyreröd (2005) Bergman é dos poucos Cineastas cujo nome virou praticamente um gênero para filmes. Idolatrado por gerações de Cinéfilos, mesmo mais de uma década após a sua morte (faleceu em 2007), ele sempre foi bastante recluso e introspectivo, e fechando para visitações na sua casa localizada na Ilha de Faro. Pois pela 1a vez, uma Cineasta teve acesso à sua casa e o entrevistou. Aos 88 anos de idade, Bergman abriu seu coração e sua alma para Marie Nyreröd, que com bastante inteligência, sobriedade e tranquilidade, conduziu com charme e elegância o filme. Bergman fala sobre tudo: Cinema, Teatro, seus amores, suas traições, como localizou a Ilha de Faro, porquê resolveu morar ali, porquê é uma pessoa solitária. Fala da Morte, da presença marcante de sua mãe em sua vida, seu primeiro cinematógrafo, da cena da Morte em "O sétimo selo", da direção de atores, processo de escrever um roteiro. E para os fãs, Bergman abre os portões de sua casa, onde logo na porta está escrito: "Cuidado com os cachorros. Sendo que não existem cachorros há mais de 30 anos ali. Um documentário imprescindível para quem Ama e faz Cinema, veio se juntar a outras obras importantes sobre o cineasta sueco: "Liv e Bergman", 100 anos de Bergman". Com a diferença que aqui, é Bergman quem fala de si, o tempo todo. O filme ganhou o prêmio de Melhor documentário estrangeiro em 2005 na Mostra de Cinema de São Paulo.

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