segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Cola de mono

Cola de mono, de Albert Fuguet (2018) Intenso trhiller erótico LGBTQ+ Chileno, repleto de cenas de sexo explícito. E com uma curiosa referência ao cinema de Brian de Palma, principalmente “Vestida para matar”. O filme se passa em 2 épocas: 1986 e 1999 no Chile. Em 1986, os irmãos Borja e Vicente moram com a mãe deles em uma casa decadente. A família perdeu posses desde a morte do pai, por suicídio. Borja deseja ser estudante de cinema e é cinéfilo. Vicente se separou da namorada. A mãe é reclusa e introspectiva desde a morte do marido. Na noite do Natal, a família comemora sozinhos a festa, mas a mãe destrata Borja, dizendo que Vicente é melhor do que ele. Vicente sai pra noite para viver sua vida secreta: ele é gay enrustido, e vai fazer pegação no parque. Borja por sua vez, bebe “Cola de mono”( bebida alcóolica servida no Natal) e entra no quarto do irmão. Ao descobrir revistas de homens nus escondidas, Borja se excita e confessa depois pro irmão que também é gay. O filme tem um tom bastante estranho e bizarro para narrar, mesclando momentos lúdicos com outros bastante crus e realistas. Tem uma pitada de filmografia de Almodovar, principalmente nas cores e na trilha sonora dos anos 80. A segunda parte do filme investe bastante no erotismo, fechando o último ato com uma enorme sequência que acontece dentro de uma sauna gay, repleto de homens nus e bastante sexo. Não é um filme para qualquer um: é forte, fortes cenas de sexo gay e também bastante violência. Confesso que curti essa levada underground do cinema chileno. Os atores se jogam totalmente em seus personagens, visceralidade total.

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