quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Diamantino

“Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Rafael Schmidt (2018) Co/ produção Portugal / Brasil, “ Diamantino” conseguiu o grande feito de ganhar o Prêmio de melhor filme da semana da crítica em Cannes 2018. Literalmente, gol na placa dessa produção que tem como protagonista um jogador de futebol, Diamantino, claramente inspirado em Cristiano Ronaldo, o maior jogador do mundo. De bom coração, apaixonado pelo seu pai que é seu treinador e lhe dá conselhos de vida, Diamantino está às vésperas do jogo final que dará o título na Copa da Rússia. Porém, durante um passeio de iate, ele vê um barco com refugiadas. Diamantino nunca tinha visto nada parecido na vida, afinal seu pai e suas irmãs megeras sempre esconderam a realidade da vida para ele. Essa visão o atordoa e acaba fazendo ele perder a partida. Amaldiçoado pelo fã clube e pelo País, Diamantino acaba se transformando, sem ele saber, em um projeto que envolve clonagem, evasão de divisas pro exterior, corrupção e muito mais. No seu caminho, suas irmãs gêmeas que mais parecem ter saído de um conto de “ Cinderela”, uma lésbica que se faz passar por refugiada, uma cientista maluca de cadeira de rodas. Isso aí,o grande feito do roteiro escrito pelos cineastas é jamais se levar a sério. Fala-se de temas atuais, como saída da união europeia, etc, mas tudo em tom de deboche e escárnio. O ator Carlotto Cota encarna com perfeição Diamantino: boa pinta assim como Cristiano Ronaldo, bom rapaz e com uma narração em off absolutamente divertida e infantilizada. Não sei a que tipo de espectador esse filme se destina: mas com certeza, para aqueles de mente livre, em busca de narrativas novas e ousadas e que queiram rir de si próprios e desse mundo tão absurdo que só em ritmo de comédia e de realismo fantástico podemos dar algum tipo de sentido. Efeitos divertidos e aquele ar nostálgico dos anos 80. Vale assistir, irá render muito papo depois da sessão. Produção brasileira da Syndrome filmes de Daniel Hoogs e Felipe Sholl.

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