sábado, 22 de dezembro de 2018

O retorno de Mary Poppins

"Mary Poppins returns", de Rob Marshall (2018) Rob Marshall é um DIretor famosos por seus filmes extravagantes. Às vezes acerta, às vezes erra. às vezes fica correto. Acertou em "Chicago", errou feio em "Caminhos da floresta"e ficou devendo em "Memórias de uma gueixa". "O retorno de Mary Poppins" ficou devendo também. O filme não é ruim, longe disso. Mas é o tipo de projeto que eu fiquei me perguntando: "Porquê fazer essa continuação?" . Claro, nós somos fãs do clássico original, tinha Julie Andrews, Dick Van Dyke. Aliás, o que ha de melhor nessa continuação é o elenco: Além de Dyke, tem Emily Blunt (dando dignidade à uma personagem icônica de Julie Andrews e que lhe rendeu o Oscar) , Meryl Streep (responsável por um dos melhores momentos do filme), Angela Lansbury, Emily Mortimer, Ben Wishaw e as 3 crianças bastante talentosas e fofas. Ah sim, tem também Colin Firth de vilão! Mas o que não deu certo para mim? em primeiro lugar, as músicas. são burocráticas, n!ao grudam nos ouvidos depois de acabar a sessão. Depois, o roteiro, que parece cópia escarrada de "Christopher Robin", também da Disney, com o Ursinho Pooh e seus amigos. O que os 2 filmes têm em comum na história? Ambos os personagens , que eram crianças, cresceram e viraram adultos chatos, burocráticos e trabalhando em repartição pública. Tanto Pooh quanto Mary Poppins precisam fazer esses adultos voltar a sonhar como crianças, a acreditar que a imaginação é o motor da criatividade e da vontade de viver. Pois bem, ambos os filmes fracassaram de público. Esses temas adultos acabam deixando o encantamento de fora, e o filme acaba ficando meio deprê. Uma pena. Mesmo assim, existem alguns números musicais bacanas, dignos de Broadway, como a dos Lumes. E a cena musica; de Meryl Streep, virando a casa de pernas pro ar literalmente. Talvez daqui a alguns anos eu dê nova chance ao filme, e pode ser que eu goste mais. Por enquanto, fiquei com desejo.

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