domingo, 30 de dezembro de 2018

A grande cidade

"A grande cidade", de Carlos Diegues (1966) Um dos grandes clássicos do Cinema novo, "A Grande cidade"foi o 2o Longa dirigido por Carlos Diegues, e produzido por duas das maiores produtoras de cinema da época, a Mapa Filmes e a Lc Barreto. Com o sub-título de As Aventuras e Desventuras de Luzia e Seus 3 Amigos Chegados de Longe", o filme é dividido em um prólogo e 4 episódios distintos, interligados pela mesma personagem, Luzia. No prólogo, o malandro Calunga (Antonio Pitanga) conversa com os passantes e joga para o espectador várias perguntas, contrastando a imagem da cidade maravilhosa com a realidade da pessoa comum que precisa trabalhar em condições inumanas. Esse prólogo usa a linguagem documental. Nos episódios a seguir, acompanhamos Luiza (Anecy Rocha, irmã de Glauber), uma alagoana de 19 anos, que chega ao Rio de Janeiro para encontrar seu noivo Jasão (Leonardo Villar), que saiu de sua cidade para tentar a sorte na cidade grande. Esse episódio se chama "Luiza". Depois temos os episódios "Jasão", mostrando que ele se tornou um perigoso assaltante, "Inácio", com Joel Barcellos interpretando um nordestino que ajuda Luiza e quer que ela volte para o Nordeste com ele; e "Calunga", apresentando a rotina do malandro. Como nos filmes do Cinema Novo, "A grande cidade" fala do homem do povo, fala das desigualdades sociais econômicas, da corrupção dos políticos e a forte religiosidade dos brasileiros. No episódio "Inácio", Carlos Diegues brinca com alegorias, quando o personagem imagina o que o espera quando ele retornar ao nordeste. O filme tem influências do Neo-realismo italiano e da Nouvelle Vague, principalmente de "Acossado", de Godard. A música-tema foi composta pelo sambista Zé Keti, e no elenco, um elenco gigantesco, que vai de Maria Lucia Dahl, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Jofre Soares, entre outros.

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