sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Discreto

"Discreet", de Travis Mathews (2017) Mais conhecido por ter dirigido o falso documentário sobre as filmagens perdidas do policial "Parceiros da noite", de Willian Friedkin, que continham supostas cenas de sexo explícito real que aconteceram em um bar de leather men, Travis Matthews concorreu no Festival de Berlin 2017 com esse estranho drama experimental, que segundo alguns críticos, emula o universo de David Lynch Alex é um homem na faixa dos 30 anos que perambula pelas ruas do Texas com a sua van, sem destino certo. Para sobreviver, ele promove encontros sexuais entre gays e rouba dinheiro deles. Alex também frequenta saunas gays para encontros sexuais. Um dia,a sua mãe diz que seu avô está de volta, doente, morando em uma casa na redondeza. Alex se apavora: ele se lembra de seu avô, que abusou sexualmente dele quando ele era um garoto. Agora o avô está doente, sem poder falar e com Parkinson. Alex quer vingança, mas ao mesmo tempo, cuida do idoso, que não consegue se virar sozinho. Com um tema tão polêmico, Travis Mathews coloca tudo a perder, ao misturar uma sub-trama muito ruim sobre a obsessão de Alex por uma Youtuber, a japonesa Mandy, que posta vídeos zen budistas para relaxamento e pensamentos pseudo-reflexivos. Se o roteiro se detivesse apenas à trama de vingança de Alex e paralelo, a sua decadência psicológica e moral pós abuso sexual, já teria um puta filme. Mas essa mistura de ficção e um experimentalismo vazio não funcionou. O filme é chato, sonolento e bastante pedante

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