sábado, 8 de dezembro de 2018

A vida em si

"Life itself", de Dan Fogelman (2018) O gênero melodrama, por décadas, sempre foi um dos mais populares entre os espectadores. O público de uma forma geral sempre amou histórias emocionantes e que faziam as pessoas saindo do cinema chorando. No entanto, a crítica sempre torceu o nariz, considerando os filmes como sub-produtos. Não está sendo diferente com "A vida em si", escrito e dirigido por Dan Fogelman, mais conhecido como o autor e realizador da série"This is us". A revista "Rolling Stones", afirmou que é o pior filme de 2018. Para quem assistir ao filme, vai se perguntar o porquê: é um filme decente, com bons atores defendendo os seus personagens (Oscar Isaac, Olivia Wilde, Annete Benning, Antonio Banderas) As locações variam entre Nova York e a área rural da Espanha, belamente fotografas. A trilha sonora, como manda a cartilha do melodrama, é adocicada e melodramática para intensificar emoções. E tenho que confessar: amo melodramas. Mas quem não curte, fique muito afastado do filme. Ele não tem nenhum pudor em forçar situações que provoquem lágrimas ou sofrimento por parte do espectador. O filme acompanha várias gerações de duas famílias. O roteiro apresenta uma premissa: quem deve narrar o filme? Quem é o "Herói"de sua história? Assim, acompanhamos vários personagens , divididos em capítulos, e dessa forma, passar um pente fino nos familiares que circundam determinando personagem. Todas as relações envolvem casais, que por sua vez envolvem tragédias, e que por sua vez, culminam em mortes. No 1o capítulo, acompanhamos o casal Will e Abby (Isaac e Wilde). Não posso dizer quem surge nos outros episódios, pois citar os personagens configuraria spoiler na estrutura desse filme. Eu adorei a montagem e o uso dos match cuts, provocando aquele efeito de surpresa com personagens que mudam de ator. Um belo filme, prejudicado por uma longa duração e excesso de personagens, mas ainda assim, cativante.

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