segunda-feira, 25 de maio de 2020

O funcionário da noite

"The night clerk", de Michael Cristofer (2020) Um filme de suspense que conta com os super astros Tye Sheridan, Ana de Armas, Helen Hunt e John Leguizamo, de talentos inquestionáveis, não teria como dar errado. Ainda mais trazendo elementos de Hitchcock ( "A janela indiscreta") e um revival do cinema noir e suas Femme fatale. E como cereja de bolo, uma produção de baixíssimo orçamento, o que me chamou atenção pela presença desse elenco, que certamente confiou no projeto. Mas puxa vida, que frustração! COmo eu queria ter gostado desse filme. Adoro Tye Sheridan, acompanho seus trabalhos desde que ele fez o seu primeiro filme, "A árvore da vida", depois "Mud" e finalizando com o mega blockbuster de Spielberg, "O jogador número 1". Ana de Armas é a super estrela internacional da vez em Hollywood. Cubana, ela explodiu com a comédia de suspense "Entre facas e segredos" e agora é a bond girl no novo James Bond. A direção frouxa e o roteiro, ambos de Michael Cristofer ( seu último filme foi o razoável "Pecado original", com Antonio Banderas e Angelina Jolie") não ajudam muito nessa história de um jovem com síndrome de asperger e que também é um voyeur. Bart (Sheridan) trabalha como recepcionista noturno em um hotel mediano ae uma cidade do interior. Bart tem problemas de socialização, e por isso, ele coloca câmeras escondidas em algum quarto para observar o comportamento das pessoas e copiar. Quando Bart testemunha o assassinato de uma hóspede, acaba sendo colocado como suspeito pelo policial (Leguizamo). Bart é transferido para outro hotel da mesma rede e acaba conhecendo a hóspede Andrea (Ana de Armas), por quem acaba sentindo paixão platônica. Não é fácil interpretar um personagem com Asperger. Muitos atores o fizeram, alguns bem sucedidos. Mas Tye Sheridan, excelente ator, não teve sorte. Provavelmente por pedido de direção, que investe em caricaturas e excessos de trejeitos. Pior são s diálogos de seu personagens tiques, que torna alguns momentos até risíveis " toda vez que ele fica nervosos ele repete "oh boy, oh boy". Helen Hunt interpreta a sua mãe e quase não tem muita presença em cena. Ama de Armas traz sensualidade à sua personagem, mas é muito óbvia as suas ações. O filme tem um suspense que funciona de forma muito light, e faltou um ritmo maior na edição.

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