sábado, 23 de maio de 2020

O garoto

"The kid", de Charles Chaplin (1921) Uma das obras primas máximas de Chaplin, o filme, de 1921, começa com uma cartela anunciando o filme como "Um filme para sorrir....e soltar lágrimas.". Alternando momentos de humor maravilhoso com comovente drama, "O Garoto" apresenta uma das químicas mais perfeitas entre atores: impossível não se lembrar da perfeição de Chaplin e do menino de 6 anos Jackie Coogawn, que depois do filme, conseguiu criar uma bela carreira, atingindo o ápice como o Tio Fester no seriado "A família Addams", não sem antes interpretar Oliver Twist e Tom Sawyer no cinema. A curiosidade fica por conta do cachê do menino: li que os pai acabaram torrando todo o cachê dele, e que por conta disso, o SAG obrigou os responsáveis a abrir uma conta em nome do menor e que somente poderá usar quando for maior de idade. O filme traz um mundo muito cruel: mães que abandonam bebês, homem que abandona a mulher, tudo em nome da carreira: a criança irá atrapalhar o sonho deles. A mãe ( Edna Purvience, atriz recorrente nos filmes de Chaplin) abandona seu bebê em um carro, que acaba sendo roubado por dois bandidos. Ao avistarem o bebê, os bandidos o abandonam num beco. Carlitos o encontra e procura encontrar alguém que cuide dele, mas diante da recusa de todos, ele decide ele mesmo criar. Passam-se 5 anos, o menino já está esperto e ajuda Carlitos nas malandragens, sedo constantemente perseguidos por um policial. Paralelo, a mãe, já uma atriz famosa, decide ir atrás de seu filho. Com uma excelente direção de Chaplin, em cenas antológicas que fazem parte de qualquer antologia do cinema, "O garoto" é um filme obrigatório, uma aula de cinema, de roteiro e de poesia: tem uma cena onde Carlitos sonha que a sua rua está repleta de anjos e demônios e num efeito sensacional, ele como anjo, voa. Um efeito impressionante para o ano de 1921! A trilha sonora é um primor!

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