domingo, 24 de maio de 2020

Dirty

'Dirty", de Matthew Puccini (2020) Esse é um dos curtas LGBTQI+ mais lindos, brilhantes, sensíveis e formidáveis que eu já assisti, e olha que já vi milhares. Vencedor de prêmios nos mega prestigiados Festivais de Sundance e SWSX, o filme lida com dois temas fundamentais para um adolescente gay: a sua primeira vez, e pior, o maior de todos os pesadelos de um gay passivo: passar cheque com o seu namorado na primeira transa. Marco esta vivendo o seu Dia D: Sua mãe vai passar o dia todo fora de casa. Ele assiste a um filme pornográfico para ver como transar direito pela primeira vez. Na escola, ele se encontra secretamente com Graham, seu namorado. Os dois não são assumidos e fazem tudo com bastante descrição. Marco leva Graham até sua casa e se certifica que sua mãe não esta. No seu quarto, se beijam e quando partem para as preliminares, Marco pede um tempo para tomar banho. Ao transarem apaixonadamente, e se certificando que Marco não está sentindo dor, do nada, Graham para e resolve ir embora. Marco não entende porquê, até ver o sue lençol. Marco se desespera, morre de vergonha, Graham diz que isso é normal com qualquer um. Mas Marco fica tão envergonhado que não consegue mais encarar Graham. Se fosse dirigido por mãos erradas, esse filme seria um desastre. Mas a sensibilidade com que o diretor e roteirista Matthew Puccini filma é impressionante. O filme todo prepara o espectador para a cena da transa. A gente vive o lugar de Greg, sua ansiedade. As atuações dos jovens Morgan Sullivan, como Marco, e Manny Dunn, como Graham, são de tirar o chapéu. Uma verdadeira aula de como fazer um filme barato, apenas com 2 atores e um roteiro excepcional. O tema do filme é tratado de forma tão poética, sem escatologia, que deveria ser de utilidade pública e ganhar todos os prêmios.

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