O signo do caos

"O signo do caos", de Rogério Sganzerla (2004) Listado na Abraccine entre os 100 melhores filmes brasileiros, "O signo do caos" é o último longa realizado por Sganzerla, que faleceu em 2004. "O signo do caos"é o filme que fecha a tetralogia sobre Orson Welles, iniciada com Nem tudo é verdade (1986), A linguagem de Orson Welles (1990) e Tudo é Brasil (1998). "O signo do caos" é a visão de Sganzerla sobre o que aconteceu com os negativos que Orson Welles chegou a filmar no documentário 'It's all true" em 1942, mas vetado pelo estado novo de Vargas e pelos patrocinadores americanos. Dr Amnésio ( Otavio Terceiro) é um censor que recebe as latas com os negativos filmados de Orson Welles e o veta para exibição, alegando que o que foi filmado não representa os interesses do Brasil e sua imagem lá fora. Um jornalista, Edmar, tenta convencer o Dr Amnésio da importância da liberdade de expressão, em vão. Essa primeira parte do filme é toda em preto e branco. Na 2a parte, colorida, vemos os mesmos censores participando de uma festa repleta de mulheres, bebidas e loucuras. O filme tem participações especiais de Camila Pitanga, Helena Ignez, Giovana Gold, Guará Rodrigues e Djin Sganzerla, filha de Rogério e Helena Ignez. A narrativa é totalmente anárquica, como todos os filmes de Sganzerla, subvertendo a técnica de montagem, de narrativa de roteiro, repleto de improvisações. A brincadeira estilística fica por conta da dublagem, todos os personagens atuam como se falassem em outra língua e dublados por vozes brasileiras.