quarta-feira, 10 de julho de 2024

Querido Evan Hansen

"Dear Evan Hansen", de Stephen Chbosky (2021) Eu havia assistido a essa adaptação do musical vencedor de 9 Tony award em 2017, incluindo musical, ator para Ben Platt e escore e não havia gostado. Mas recentemente assisti a uma adaptação brasileira do musical no teatro, dirigida por Tadeu Aguiar com Gab Lara, Hugo Bonemer, Tati Lopes, Tati Cristine, Vanessa Gerbelli, Mouhamed Harfouch, entre outros, e decidi rever o filme. Dirigido por Stephen Chbosky, dos excelentes "As vantagens de ser invisível" e "Extraordinário", Chbosky teve que lidar com um texto complexo que fala sobre ansiedade, suicídio, depressão e outras doenças mentais e fazer disso um musical encantador e emocionante que prendesse a atenção do público por 137 minutos. O texto original foi escrito por Steven Levenson, que fez também a adaptação para o cinema. Aonde a crítica em peso detonou o filme, foi justamente um dos seus pontos fortes no musical da Broadway: o ator Ben Platt, que venceu o Tony. O protagonita Evan Hansen tem 17 anos. Ben, na época da filmagem, estava com 27 anos. O produtor do filme é seu pai, Matt Platt, que não largou mão de ter Ben como protagonista, mesmo que na aparência já fosse evidente que não faria mais para interpretar o personagem. A versão brasileira tem Gab Lara, com 28 anos, mas teatro é aquilo, aceita muita coisa e não tem close. Quando o filme aperta a lente no rosto de Ben, fica muito difícil se conectar com o filme, e é uma pena, pois ele é bastante talentoso. Da peça original, além de Ben, veio Colton Ryan, no papel de Connor, o jovem suicida. Os produtores escalaram atores estrelas para reforçar o time: Juliane Moore no papel da mãe Heidi; Amy Adams no papel da mãe de Connor, Cynthia; Zoe Murphy, no papel da irmã de Connor, Kaitlyn; Amandla Stenberg, no papel da estudante Alana. A smúsicas são muito boas e dão aquele frisson de tão emocionantes. Gostei mais do filme na revisão. Mas ainda fica aquela sensação muito incômoda de ver Ben Platt no papel de um adolescente. A parte técnica é muito boa: fotografia, edição, direção de arte. E o filme coloca em pauta para o grande público, personagens portadores de doenças mentais, o que gera boa discussão.

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