domingo, 21 de julho de 2024

O narciso negro

"Black narcisus", de Michael Powell e Emerich Pressburger (1947) Clássico do cinema inglês, "O narciso negro" é uma adaptação do romance escrito por Rumer Godden, autora inglesa que o lançou em 1939. A sua inspiração para a novela foi quando, caminhando pela floresta da índia, encontrou um túmulo escrito "irmã Ruth", escondido pelos arbustos. O filme foi indicado para o Oscar de melhor filme, mas levou os de fotografia e de direção de arte. Ambientado no Himalaia, que era localizado na Índia, mas de 1858 a 1947 foi considerado região da Corôa inglesa. A independência da Índia se deu em 1947, 1 ano depois de finalizada ss filmagens. O filme foi forte inspiração para Pedro Almodovar e seu filme "Maus hábitos". Adaptado, produzido e dirigido pela dupla inglesa Michael Poweel e Emerich Pressburger, que no ano seguinte lançariam outra obra-prima, 'Os sapatinhos vermelhos". O filme foi todo rodado em estúdios, e os majetosos cenários das montanhas do Himalaia foram reproduzidos em pintura pela equipe de direção de arte. O fotógrafo Jack Cardiff se inspirou nas pinturas do dinmarquês Johannes Vermeer para criar a sua premiada iluminação. Até hoje o filme impressiona pelo seu visual, considerado pro Scorsese como o melhor uso da tecnologia do technicolor. Um grupo de freiras inglesas, comandado pela Madre superiora Clodagh (Deborah Kerr), é enviada em missão para uma mansão no alto das montanhas, onde antes era o harém do rei. Lá, elas deverão montar uma escola e um hospital, mas encontram resistência da população. Elas têm a ajuda de um inglês, Mr. Dean (David Farrar), enviado pelo general indiano. A presença de Mr Dean mexe com irmã Clodagh e especialmente, Irmà Ruth (Kathleen Byron), que passa a ficar enciumada, acreditando que Clodagh e Dean estão tendo um caso. A spibturas remanescentes do local, com gravuras de Kama Sutra, faz com que Ruth comece a ennlouquecer. É íncrivel como a censura da época permitiu que o filme fosse exibido. Repleto de sensualidade e erotismo, o filme fala sobre desejos reprimidos. Me lembrei muito de outro filme bastante semelhante, 'O estranho que nós amamos", que teve versão de DOn Siegel e de Sofia Coppola, também sobre repressão sexual. Kathleen Byron tem uma construção genial no filme, se transformando em uma psicopata, com detalhes em seus olhos belamente maquiados de contornos vermelhos. Icônico.

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