segunda-feira, 15 de julho de 2024

A filha do palhaço

'A filha do palhaço", de Pedro Diogenes (2024) Inspirado no primo do roteirista e diretor cearense Pedro Diógenes, Paulo Giógenes, que por 30 anos, se apresentou em bares e na noite com a personagem drag Raimundinha, "A filha do palhaço" é um drama de reconexão familiar, bem no estilo feel good movie que os filmes indies americanos estão habituados a realizar. Diretor de "Inferninho" e 'Estrada para Ythaca", Pedro conta uma bela história sentimental de perda e de reaproximação entre Joana (Lis Sutter), uma adolescente de 14 anos, abandonada pelo sue pai quando criança. Aproveitando que sua mãe estará viajando, Joana diz que vai passar uns dias na casa da amiga. Na verdade, ela vai procurar seu pai, Renato (Demick Lopes), que abandonou a família por um amor por um outro homem. Tentando entender quem é o pai, a sua vida e a sua profissão, Joana descobre que ele trabalha em bares e casas noturnas como uma Drag. Renato se surpreende com a visita da filha, mas aproveita a ocasião para se reaproximar dela e pedir desculpas. Jesuíta Barbosa faz uma participação como um artista de rua e esse sub plot é o que mais me comoveu: a paixão sobre a arte, artistas de rua independentes, que sobrevivem através de pequenas doações feitas pelo público. É um filme bonito, sensível, de belas performances.

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