sábado, 20 de julho de 2024

Arturo aos 30

"Arturo a los 30", de Martín Shanly (2023) Concorrendo no Festival de Berlim, essa dramédia argentina é dirigida, estrelada e co-escrita por Martin Shanly. O filme circulou bastante no circuito de festivais e recebeu diversos prêmios. Com um orçamento baixo e uma narrativa minimalista, "Arturo aos 30" lembra aqueles filmes indies com o protagonista jovem totalmente sem foco: sem emprego, sem um bom relacionamento familiar, totalmente alheio aos fatos que acontecem ao seu redor e sme ambição. O que busca Arturo? Ele acaba sendo reflexo de toda uma geração Millenium, que está frustrado com a pressão por competição e pela busca de um excelente emprego e posição social. Arturo apenas vive. O filme tem uma narrativa existencialista, potencializada pela narração em off do protagonista, que após um fato ocorrido no presente, vai se lembrando de momentos em flashback de sua convivência com sua família, ex-namorada e com seu melhor amigo, além da perda de seu irmão mais velho. Martin Shanly lembra Woody Allen em sua fase jovem em busca de reflexões, mas sem a sua ansiedade, até porque ARturo é apagado, sem energia.

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