sábado, 20 de julho de 2024

Drogas perigosas do sexo

"Sei no Gekiyaku", de Hideo Jôjô (2020) Um dos filmes mais ousados e viscerais que assisti recentemente, "Drogas perigosas do sexo" é adaptação de um mangá Yaoi. É um filme repleto de cenas de sexo sadomasoquistas, bondage, BDSM, em uma entrega crua e corajosa de seus 2 atores. O filme é dividido em 2 atos totalmente distintos de narrativa e tom. A 1a parte, apresenta Makoto (Sho Watanabe), um jovem funcionário de um escritório. Ele descobre que sua namorada o trai e que seus pais, que estavam viajando de carro, morreram em um acidente. Sem vontade de viver, ele decide se matar, mas é salvo por Ryoji (Takashi Kitadai), um homem misterioso. Quando acorda, Makoto está em um quarto decadente (típico de "Jogos mortais"), nú e amarrado pelos pés e mãos na cama. Riujy surge e começa a estuprar e praticar todo o tipo de sevçiias sexuais em Makoto, que vai desde penetração de vibradores, uso de chicotes, apetrechos BDSM e finalmente, o estupra. Makoto sofre, apela, mas aos poucos, vai gostando de sentir prazer nesse sexo onde ele é o submisso, sentindo dôr e apelando pela sua vida. O 2o ato é um filme romântico. Riujy revela seu passado a Makoto. E essa reviravolta se transforma em um outro filme. A culpa, o perdão, o suicidio, a morte sempre presente. Não é um filme que possa se indicar a qualquer um. A 1a parte é muito forte, com cenas explícitas de submissão e dominação, que fariam 'Cinquenta tons de cinza" parecer filme de jardim de infância. Para fetichistas que adoram dominação e perversidade, esse será certamente o filme de cabeceira. E novamente, a entrega dos dois atores é de se louvar, pela coragem e pela exposição, tanto nas intensas cenas de sexo, quanto pela dramaturgia feroz.

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