terça-feira, 2 de julho de 2024

Dona Herlinda e seu filho

"Dona Herlinda e su hijo", de Jaime Humberto Hermosillo (1985) Clássico LGBTQIAP+ mexicano, "Dona Herlinda e seu filho" é adaptado de romance de Jorge López Páez e foi lançado em 1985. O filme é considerado um marco no cinema do país, por trazer de forma realista um relacionamento entre 2 homens, sem estereótipos. A história é bastante ousada e progressista, apresentando personagens femininas independentes e liberais. Em Guadalajara, Rodolfo (Marco Trevino) é um médico neurocirurgião e mora com sua mãe viúva, Dona Herlinda (Guadalupe del Toro). Rodolfo é homossexual enrustido, e namora às escondidas o dançarino Ramon (Arturo Meza). Rmon mora em um cortiço, local para onde Rodolfo vai para que possam namorar, mas a movimentação de pessoas impede que tenham intimidade. Dona Herlinda sabe que o filho é gay, mas faz vista grossa e insiste em arranjar namoradas para que o filho se case. Olga (Leticia Lupercio) é apresentada para Rodolfo, para desgosto de Ramon. Herlinda decide convidar Olga e Ramon para morarem todos juntos na sua casa. Olga também é ciente que o marido é gay, e permite que ele namore Ramon dentro de casa. Fiquei impressionado como o roteiro e os diálogos, bastante ousados para o ano de 1985. As cenas de intimidade do casal gay são bem eróticas, com direito a nudez frontal. Os atores são medianos nas performances, mas a espontaneidade das performances camufla a falta de talento. O trabalho de cânera em algumas cenas é muito bem marcada, como a do primeiro encontro do casal no cortiço de Ramon: um plano sequência trabalhado no reflexo dos espelhos do armário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário