quarta-feira, 3 de julho de 2024

Familiar

"Familiar", de Cãlin Peter Netzer (2023) Realizador do excelente drama romeno "Instinto materno", vencedor do urso de ouro em Berlim em 2013, o roteirista e cineasta Cãlin Peter Netzer retorna ao tema da mãe possessiva e protetora, mas tendo como pano de fundo a recente história política da Romênia. O país passou por 25 anos de ditadura comunista, sob o comando de Nicolau Ceaucescu, e somente em 1989 pôde dar início a um processo de redemocratização. Nos dias de hoje, o diretor de cinema Dragos Binder (Emanuel Parvu, um diretor de cinema na vida real e alter ego do diretor Calin Peter Netzer) está preparando um filme que traz elementos autobiográficos, sobre seus pais que fugiram da Romênia nnos anos 80 e foram morar na Alemanha. Mas aos poucos, Dragos vai descobrindo a história real de seus pais, que inspiraram o filme. Existe um segredo: para poder fugir do país, a mãe de Dragos teve que se relacionar com um oficial alemão. O pai de Dragos estava ciente, e por isso, não conseguiu digerir toptalmente a traição da esposa, mesmo que para salvar a família. Dragos, que sempre e considerou alemão, entende que agora ele não pertence a nenhum dos dois países. Na sua vida pessoal, a sua namorada descobre que Dragos escalou uma ex-amante para um dos papéis do filme, e assim, acaba reproduzindo inconscientemente o dilema moral de sua mãe. Diferente de "Instinto materno", que achei sensacional, aqui eu me mantive o tempo todo tentando interagir com a narrativa, mas fiquei achando tudo muito entediante. O que me manteve atento, foi a performnace dos atores, e mesmo que Emaniel Parvu não seja um ator profissional, ele está bem no complexo papel.

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