quarta-feira, 3 de julho de 2024

Benjamin Benny Ben

"Benjamin Benny Ben", de Paul Shkordoff (2020) Concorrendo no Festival de Cannes e de Toronto, "Benjamin Benny Ben" é um brilhante exercício de narrativa diante de um roteiro simples. Filmado em aspect ratio de 4:3, o filme vai se tornando cada vez mais claustrofóbico, acentuando a ansiedade e obsessão de seu protagonista, Benjamin (Anwar Haj, excelente). Benjamin é um jovem negro que vai para a sua primeira entrevista de trabalho. Pobre e negro, Benjamin caminha a pé de sua casa, na área rural d aperferia, até a capital, local onde fará a entrevista em uma empresa. Durante a caminhada, ele vai decorando todo o processo da entrevista, com respostas assertivas. Mas a sua tensão é crescente, e ele acaba caindo no chão, sujando sua roupa. Sem ter como voltar para casa, ele vai até uma lanchonete e lava a roupa na pia do banheiro. Assim como a excelente atuação de Anwar Haj, a direção de Paul Schkordoff é fundamentel para as ecsolhas narrativas que fazem o espectador torcer por Benjamin, ou Ben, ou Benny, inseguro até como deve se apresentar. Mas posso dizer que a grande estrela é a fotografia e a câmera de Peter Hadfield, trazendo todos os sentimentos do personagem, com camera na mão, closes e uma iluminação que varia do sombrio para o ensolarado, quase que narrando na cor a emoção do protagonista. Uma aula de cinema, que deixa claro que é necessária apenas uma boa história e uma forma de contá-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário